quarta-feira, 1 de junho de 2016

Deriva

Sentada aqui nesse momento, sinto-me como em um barco a deriva. Olha a minha volta e não enxergo horizontes, apenas um vazio incômodo. Esse balanço constante da vida, me faz lembrar a sensação nauseante da deriva, o barco que se movimenta lentamente sobre as águas! O calor sobre minha cabeça, embaralhando minha visão, não existem pensamentos claros, apenas devaneios sobre uma esperança tão Esparsa!
A bússola que me guia nessa imensidão solitária, é a promessa de um coração aquecido.
Meu barco encontra um porto, na sua risada desprendida de ambições, no olhar juvenil de quem nunca foi corrompido pela maldade do mundo.
Penso que minha alma talvez esteja sempre presa aquela barco pequeno e inseguro, talvez eu precise da incerteza dos horizontes infinitos!
Eles me dão a necessidade de buscar o porto seguro do aperto quase sufocante das suas mãos.
A beleza clara e angelical, por vezes lânguida e confusa que vê em mim, varre como um tornado o mal que habita minha mente e na deriva, no barco, com o calor sobre minha cabeça, esse mal é suprimido nos momentos em que não tenho você.
Então oscilo entre dois pontos constantes, me perco no mar, me encontro em meu porto e sei que enquanto for capaz de me perder nesses mundos, todos estarão a salvo e não precisarei tornar a deriva real.
Seja eterno, por favor!

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