quarta-feira, 1 de junho de 2016

Já passou...

Quantos sorrisos são necessários para apagar uma lágrima?
E quantas lágrimas, destroem anos de sorrisos.
Quantos desses sorrisos foram reais, e quantos não sustentaram uma dor tão grande e um peso sem fim no peito?
Quantas vezes a gente não sorri, mas no fundo quer responder: não estou bem, me abrace por favor!
Então você circunda seu corpo com seus próprios braços, em busca de algum abrigo, que ajude a sustentar esse meio sorriso.
Desde que você se foi, vesti essa faceta, de pura felicidade, talvez seja real, mas as vezes dói tanto.
Dói quando chego em casa e me vejo sozinha, com um milhão de afazeres, mil vozes internas gritando, e nenhuma voz externa pra me contar como foi o dia.
Dói quando o gatinho da balada vai embora no meio da madrugada, deixando nos lençóis um perfume que não é o seu.
Dói quando eu, errando eu sei, releio aquele email, ou aquele bilhete carinhoso, que me tirou um sorriso verdadeiro, aquele do fundo da alma.
Eu fico procurando na nossa história uma razão, pra que ela me traga mais sorrisos, do que lágrimas, mas por que um amor tão puro, tinha que acabar assim?
Eu procuro hoje um norte, eu me perco todos os dias, pra ver se em alguma dessas vezes, eu também perco um pouco de você que ficou em mim.
Eu me olho no espelho e digo pra minha imagem: Por que isso tinha que acontecer comigo?
Mas também aconteceu com você né?
Então eu sorrio para a imagem no espelho, retoco o batom, passo mais rímel, subo no salto e respondo: Já vai passar, já passou.

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